Exemplos de Código Ruim e Como Refatorá-los passo a passo
Imagina a cena: você herda um projeto, abre o código e… caos! Variáveis sem sentido, funções gigantescas, lógica embolada. Quem nunca, né? Mas fica tranquila, porque hoje eu vou te mostrar como transformar esse código “macarrônico” em algo elegante e fácil de manter. Vamos juntas desvendar os segredos de um exemplo de código ruim e como melhorá-lo!
O Que Torna um Código “Ruim”?
Um código ruim não é apenas aquele que não funciona, mas também o que é difícil de entender, manter e modificar. Ele pode até funcionar no momento, mas com o tempo, se torna um pesadelo para qualquer desenvolvedor. Pense nele como uma receita confusa, com ingredientes mal medidos e instruções obscuras: o resultado final pode até ser comestível, mas o processo será frustrante e cheio de imprevistos.
Sintomas de um Código Problemático

- Nomes genéricos: Variáveis como “x”, “y” ou “data” não dizem nada sobre o que armazenam.
- Funções longas e complexas: Funções que fazem “tudo” são difíceis de entender e testar.
- Duplicação de código: Repetir o mesmo trecho de código em vários lugares aumenta o risco de erros e dificulta a manutenção.
- Falta de comentários: Um código sem comentários é como um livro sem capítulos: impossível de acompanhar.
- Alta complexidade ciclomática: Termo técnico que indica a quantidade de caminhos de execução em um trecho de código. Quanto maior, mais difícil de testar e manter.
Exemplos Práticos de Código Ruim e Soluções
Agora, vamos ao que interessa: exemplos concretos de código “problemático” e como podemos transformá-los em código limpo e eficiente.
Exemplo 1: Função Monolítica

Código Ruim:
function processData(data) {
// Várias operações complexas...
// Lógica de validação...
// Cálculos matemáticos...
// Formatação de dados...
// Geração de relatório...
}
Como Melhorar: Divida a função em partes menores, cada uma responsável por uma tarefa específica.
function processData(data) {
validateData(data);
const calculatedData = calculateValues(data);
const formattedData = formatData(calculatedData);
generateReport(formattedData);
}
function validateData(data) { // Lógica de validação }
function calculateValues(data) { // Cálculos matemáticos }
function formatData(data) { // Formatação de dados }
function generateReport(data) { // Geração de relatório }
Dica da especialista: Funções menores são mais fáceis de entender, testar e reutilizar. Pense em cada função como um bloco de Lego: quanto mais simples, mais fácil de encaixar em diferentes construções!
Exemplo 2: Nomes de Variáveis Confusos

Código Ruim:
let a = 10;
let b = 20;
let c = a + b;
Como Melhorar: Use nomes descritivos que indiquem o propósito da variável.
let productPrice = 10;
let shippingCost = 20;
let totalPrice = productPrice + shippingCost;
Dica da especialista: Gastar alguns segundos escolhendo um bom nome para uma variável pode economizar horas de dor de cabeça no futuro. Imagine que você está escrevendo um livro: você não usaria nomes genéricos para seus personagens, certo?
Exemplo 3: Código Duplicado

Código Ruim:
// Trecho de código repetido várias vezes
console.log("Erro: Falha na conexão com o banco de dados");
// ...
console.log("Erro: Falha na conexão com o banco de dados");
Como Melhorar: Crie uma função para o trecho de código repetido.
function logDatabaseError() {
console.log("Erro: Falha na conexão com o banco de dados");
}
logDatabaseError();
// ...
logDatabaseError();
Dica da especialista: Se você está copiando e colando código, pare e pense se não seria melhor criar uma função. Acredite, seu futuro “eu” vai te agradecer!
Exemplo 4: Falta de Tratamento de Erros
Código Ruim:
function divide(a, b) {
return a / b;
}
Como Melhorar: Adicione tratamento de erros para evitar que o programa quebre inesperadamente.
function divide(a, b) {
if (b === 0) {
throw new Error("Divisão por zero!");
}
return a / b;
}
Dica da especialista: Tratar erros é como colocar um cinto de segurança: pode parecer chato, mas te protege de grandes problemas. Use blocos try...catch para lidar com exceções e garantir que seu programa continue rodando mesmo em situações inesperadas.
Refatorando com Confiança: O Guia Prático
- Comece pequeno: Não tente refatorar todo o código de uma vez. Escolha um trecho pequeno e comece por ele.
- Escreva testes: Antes de refatorar, certifique-se de ter testes que cubram o código que você vai modificar. Isso garante que você não vai quebrar nada sem perceber.
- Refatore um pouco, teste um pouco: Faça pequenas mudanças e execute os testes para garantir que tudo continua funcionando.
- Seja consistente: Mantenha o mesmo estilo de código em todo o projeto. Isso facilita a leitura e a manutenção.
- Peça ajuda: Se você está com dificuldades, não hesite em pedir ajuda a um colega. Uma segunda opinião pode fazer toda a diferença.
Ferramentas que Facilitam a Refatoração
- Linters: Ferramentas que analisam o código e apontam erros de estilo e potenciais problemas. Exemplos: ESLint (JavaScript), Pylint (Python).
- IDEs com recursos de refatoração: A maioria das IDEs modernas (como VS Code, IntelliJ IDEA, etc.) oferece recursos de refatoração automatizada, como renomear variáveis, extrair funções e muito mais.
- Análise estática de código: Ferramentas que analisam o código sem executá-lo, identificando padrões ruins e potenciais vulnerabilidades.
Para Não Esquecer:
Lembre-se, refatorar não é apenas sobre “arrumar” o código, mas sobre torná-lo mais fácil de entender, manter e evoluir. Um código bem escrito é um presente para você e para seus colegas!
Dúvidas Frequentes
Qual a melhor forma de aprender a refatorar?
A prática leva à perfeição! Comece com pequenos projetos pessoais e, aos poucos, avance para projetos maiores e mais complexos. Não tenha medo de errar, o importante é aprender com os erros.
Com que frequência devo refatorar meu código?
A refatoração deve ser uma atividade contínua, não algo que você faz apenas quando o código está “podre”. Refatore sempre que você perceber que o código pode ser melhorado.
É possível refatorar código sem testes?
É possível, mas não é recomendado. Refatorar sem testes é como dirigir um carro com os olhos vendados: você pode até chegar ao seu destino, mas as chances de um acidente são muito maiores.
Para não esquecer:
A refatoração é uma habilidade essencial para qualquer desenvolvedor. Invista tempo em aprendê-la e você verá os benefícios em sua produtividade e na qualidade do seu código.
E aí, preparada para transformar seus códigos “macarrônicos” em obras de arte? Compartilhe suas dúvidas e experiências nos comentários!
